domingo, 14 de setembro de 2008

DIZ AI : (BIGGS)

Entrevista respondida por:
Flávia

DIZ AI: (BIGGS) flaviabiggs@bol.com.br (12 de setembro de 2008)

1. PRA COMERÇAR, PORQUE O NOME BIGGS FOI DADO A BANDA E O QUE SIGNIFICA PRA VOCÊS?

Estavamos procurando um nome pra banda e tal, foi no ano em que o Sex Pistols veio tocar no Brasil, se nao me engano em 96, eu e jana baixista original da banda, estavamos lendo o jornal, ai tinha uma reportagem com os Pistols e sobre Ronald Biggs, assaltante do trem pagador, q fez participacoes nos discos deles, que veio para o Brasil fugitivo, viveu por aqui durante muitos anos…a gente queria um nome tipo sobrenome como Ramones, Smiths achamos legal, era punk, era locao, tinha uma relacao com o Brasil e tal, entao a gente adotou o sobrenome, familia rock marginal rsrsrs isso ae.


2. VOCÊS JÁ TEM DEZ ANOS DE BANDA. A QUE VOCÊS ATRIBUEM ESSE "SUCESSO"?
Na verdade tocamos ha mais de 10 anos porque sentimos prazer no que fazemos, fazer rock, tocar num bar, curtir o role com a galera que tambem curte rock, como a gente, tomar uma ceva, fazer amigos e tal, e isso vem acontecendo naturalmente com a gente, nem parece que passou tanto tempo, estamos com pique total, acabamos de lancar disco novo, estamos pensando no proximo, ano passado fomos em turne pra Argentina, estamos fazendo uns videos, tocando em festivais, e bares, curtindo as baladas, estamos ai na vida do rock e felizmente tem uma galera que curte e prestigia o nosso som, assim como adoramos diversas bandas e expressoes artisticas a nossa volta e do mundo todo, se se pode chamar de sucesso entao seria'e isso, poder ter o prazer se ser convidado pra mostrar a sua espressao artistica e a galera curtir. Estes dias fiquei sabendo que estamos concorrendo ao premio dynamite de musica independente http://www.premiodynamite.com.br/ entre bandas fodas como nacao zumbi e tal, isso e’ um reconhecimento muito firmeza pra gente, tamo ae, ate qdo a gente curtir o role todo.


3. A CONVIVÊNCIA ENTRE VOCÊS DEVE SER INTENSA. COMO LIDAM COM ISSO?
Rsrsrs nem me fale, demais! uma prova disso foi nossa turne pra Argentina ficamos 30 dias juntos todos os dias, o dia inteiro dirigindo, comendo, bebendo, tocando, teve de um tudo: stress, amor, foi uma prova de amizade intensa e a gente passou, rsrsrs! Somos tipo melhores amigos, saimos juntos, curtimos as mesmas coisas, entao e perfeito. Gosto muito de tocar com o Brown e Mayra, rola uma energia otima qdo a gente toca junto.

4. COMO FOI PRA BANDA A MUDANÇA DE TRABALHAR A DIVULAGAÇÃO COM FITAS ("See Stars" DE 97 E "Kind-Hearted" DE 99) E TRABALHAR COM SEU PRIMEIRO CD EM 2001 "Wishful Thinking" (Gig Records) ATÉ O MAIS RECENTE TRABALHO "The Roll Call"(2007)?
Qdo comecamos a divulgar nossas K7s era tudo por carta, recebiamos os cartazes de shows, enviavamos as fitas, tudo pelo correio, pra tocar a gente marcava por telefone, e tal, haviam muitos fanzines que ajudavam bastante na divulgacao das bandas e cenas de diversas cidades entre si, era maior dificuldade, so que ao mesmo tempo, gratificante, como qdo chegava uma carta do nordeste, do sul, dizendo que adoravam a banda e tal era muito legal, ai comecou a internet, os emails primeiramente, as listas de discussao os contatos ficaram mais faceis, ate chegar ao msn, myspace, atual, mil coisas rolaram e modificaram, Qdo lancamos nosso primeiro CD comprava-se mais cds, hoje CD ta meio caido, so compra cd quem quer colecionar e o MP3 dominou geral, com isso penso que a relacao da maioria das pessoas com a musica mudou completamente, antes vc conhecia uma banda, tentava comprar os cds/vinis daquela banda pra curtir, era dificil, tinha q importar, hoje pela facilidade tudo parece menos importante, mais descartavel, humm, mas ao mesmo tempo ta mais democratica, vixiii….a conversa vai longe rsrsrs…

5. QUAL A VISÃO DA BANDA DO MERCADO ATUAL PARA GRUPOS INDEPENDENTES? O PROCESSO EM GERAL ESTA MAIS SIMPLES, MAIS EXECUTÁVEL?
Estamos falando muito nesse tema ultimamante, existe uma grande diferenca entre o underground e o independente, o underground sempre foi independente como no nosso caso, porque geralmente e’ um estilo de musica, tipo de viagem que nao e’ facilmente agradavel para o grande publico, acho que as coisas andam meio misturadas por ai atualmente, antes as bandas pops nao tinham uma cena, pois ou era mainstream, ou cover, mas me parece que com as novas tecnologias e informacoes houve uma popularizacao do estilo, entao hoje vc acaba muitas vezes tocando num mesmo show de bandas que almejam o programa do faustao, ou seja, outra viagem, completamente diferente do fazer alternativamente independente e underground como postura politica ate. Com a popularizacao do rock nas radio e tal muitas bandas estao no independente mas desejam sair o mais rapido possivel. Cabe a cada um decidir se prefere o verdadeiro ou o pasteurizado. Falando em gravacao, denovo devido as novas tecnologias qq um consegue tirar qualidade fudida de gracacoes em casa, e a divulgacao esta muito mais facilitada com a internet. Facilitada e misturada, aiaiai rsrsrs…

6. O QUANTO VOCÊS ACHAM QUE A BANDA DOMINATRIX INFLUÊNCIOU A BIGGS, AFINAL A FLÁVIA E A MAYRA FIZERAM PARTE DO GRUPO?
A Biggs ja existia antes, de eu e mayra tocarmos juntas no Dominatrix. As bandas sao mesma epoca, apesar de sermos de cenas diferentes, o Dominatrix era mais da cena hardcore/straight edge da epoca, ja o Biggs mais da cena Indie rock/grunge que tava rolando no interior e na capital, nos anos 90. Toquei durante 7 anos no Dominatrix e toco ha 13 anos no Biggs, Mayra toca com a gente no Biggs ha uns 7 anos tambem, entao tendo duas pessoas nas mesmas bandas por tanto tempo com certeza rolou uma troca.


7. VOCÊS TEM VIAJADO O BRASIL TODO FAZENDO O QUE A BANDA FAZ MELHOR, SHOWS. COMO TEM SIDO ESSA EXPERIÊNCIA NO DECORRER DESSES ANOS, DÁ PRA CONHECER OS LUGARES VISITADOS?
Tocar em cidades diferentes, fazer novos amigos, estabelecer novos contatos, novas parcerias, e sempre otimo e tem sido assim, as vezes nao da conhecer muito bem as cidades, qdo as datas sao muito proximas, mas conhecer o caminho ate o local, em volta do pico que a gente toca e o povo que cola na balada ja ‘e massa, viver a vida do local um dia pode ser mais legal do que visitar pontos turisticos pra tirar fotos, esperamos viajar muito mais, ja conhecemos quase todo o sul do pais, nordeste, argentina, uruguai, interiorzao aqui e em breve europa e eua. Ui adoroo.


8. A BANDA JÁ PARTICIPOU DE FESTIVAIS. O QUANTO ACHAM POSITIVO E NECESSÁRIO PARA AS BANDAS ESSE TIPO DE EVENTO?
Acredito que festivais sempre sao muito importantes, tanto para as bandas, qto para o publico e pra todo mundo que curte um momento de confluencia de pessoas e ideias, antes durante e depois de festivais sempre rola um clima legal, surgem bandas novas, novos contatos, rola divulgacao legal do seu trabalho para um numero maior de pessoas, para outras bandas de outros lugares, e’ positivo pra todo mundo, a gente adora.


9. PARA QUEM NÃO CONHECE A BANDA, COMO VOCÊS DESCREVERIAM O SHOW DA "BIGGS"?
Humm, Rock Pesado!! rsrsrs

10. POR FIM, O QUE ACHAM DO BLOG "MENINAS NO ROCK" E DO "MENINAS NO ROCK ENTREVISTA"?
Acho otima a iniciativa do blog parabens! Obrigada por convidar a gente pra esta entrevista e qq coisa tamos ae, tamo junto. Quem quiser trocar uma ideia com a gente fazer amizade, rockar ou tomar uma ceva e’ so entrar em contato.

Beijos a todos.
Rock On!! Flavia Biggs.

www.myspace.com/thebiggsrock

Um comentário:

Cilene disse...

Nossa, amei!!!
Nunca tinha lido nada tão completo e descontraido da Flávia sobre o Biggs.
Só confirma nossa admiração por essa banda do baralho rss...
Amo o grunge do Biggs, liberta a mente, envolve o corpo... perfeito!